Duas Rosas
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Mas o que ela disse?
Todo mundo sabe que não é certo
Fazer uma comparação,
Mas mesmo não sendo certo
todo mundo quer saber quem são,
E se é mais fácil contar para
todo mundo saber,
Vamos contar quem são as Rosas
e o que podem fazer.
Certa vez na mulher veio de Pernambuco, Chegou no Rio de Janeiro querendo ter lucro,
Dizendo para todo mundo que era Feiticeira,
Se gabando de ter um espírito vindo da Roseira,
Mas o que ela não contava é que aqui iria encontrar,
Outra mulher com outra Rosa para disputar,
Quem veio de longe trouxe uma Rosa Negra dizendo que era forte,
Quem estava aqui tinha uma Rosa Vermelha enganando a morte,
E por mais que as moças tenham que ser amigas,
São demasiado esquentadas para fugir da briga,
Então prestem atenção no que aconteceu,
Rosa Vermelha ou Rosa Negra quem é que venceu?
Mas o que ela disse?
No quarto dos Fundos do velho terreiro,
Lá estava Maria Mulambo amiga um litro de Velho Barreiro,
E quem conhece de Maria Mulambo tem de concordar,
Quando ela ouve uma fofoca ela quer contar,
E com a voz embolada bem embriagada,
Cochichou para Rosa Vermelha
"disseram que você não é de nada",
E Rosa Vermelha é uma que não aguenta desaforo,
E quis saber quem disse isso para lhe dar um couro,
E Maria Mulambo se fazendo de desentendida,
Foi logo dizendo "achava eu que as Rosas seriam amigas",
Roda Vermelha de imediato logo entendeu,
Já sabia que havia sido sua rival que a ofendeu.
Mas o que ela disse?
Provavelmente a história Não foi bem contada,
Quem confia na tramoia de Mulambo nunca ganha nada,
Mas depois que a confusão saiu da sua boca,
Mulambo sai de fininho rindo feito louca,
E rosa negra já ficou sabendo,
Que a tal Rosa Vermelha não estava a contento,
E como essa é muito uente pois veio do Nordeste,
Já afiou a faca peixeira esperando o que viesse.
E a confusão estava então instaurada,
Duas moças Feiticeiras na mesma quebrada.
Mas antes de ir cara a cara queriam saber,
Que magia era essa que podiam fazer.
Mas o que ela disse?
Mata mais que tiro é o que o povo disse,
Falaram de uma Negra Rosa e da magia que com ela se visse,
Na casa de Rosa Negra tinha gente mal encarada,
Levavam foto de pessoa para ser desenganada,
Não passava nem sete dias e a pobre era enterrada,
E a fama de perigosa somente crescia,
Quem queria mexer com pesado sabia onde ia.
Mas como rosa vermelha a coisa era mais branda,
Gostava de trabalhar com amor dentro da Quimbanda,
Dava casamento e emprego a quem precisava,
A fama de milagreira só se aumentava,
Rosa vermelha nunca quis fazer o papel de vilã,
E isso enganava aquele povo que era seu fã,
Isso porque no terreiro se fazia de fada Encantada,
Mas ela tinha a hora certa para ser malvada.
E vendo que todo mundo já estava a lhe desmerecer,
Louvavam mais Rosa Negra que o Terrível podia fazer,
Rosa Vermelha tirou a máscara de moça benfeitora,
E mandou marcar um encontro com a Usurpadora.
Mas o que ela disse?
Fui na porta do cemitério onde era costume,
Lá iam sempre os macumbeiros para fazer seu lume,
E na noite de sexta-feira se combinou uma noite fatal,
Cara a cara iam as duas para pôr um ponto final.
E de cada ponta da esquina vieram desfilando,
Com o queixo bem erguido vinham caminhando,
A de cá toda de vermelho de sorriso aberto,
A de lá toda de preto com um sorriso esperto,
Quando chegaram bem pertinho nariz quase encostado,
Deram uma alta gargalhada que nos deixou assustado,
Então garrando uma no queixo da outra,
Olharam bem fundo nos olhos e moveram a boca,
E aqueles que esperavam ali ver a desgraça sendo completada,
Acabaram vendo foi duas irmãs sendo abraçadas,
Pois Rosa Vermelha que brilhava no Rio nunca tinha contado,
Que era lá em Pernambuco também seu passado,
E que Rosa Negra que veio viajante,
Era nada além de sua irmã de uma terra distante,
E acabou não tendo guerra nem patifaria,
O que teve foi união das Moças e muita alegria.
Rosa Negra com seu jeito todo escuro e muito macabro,
Rosa Vermelha sorridente feito diabo,
Cada uma faz de um jeito mas continuam fazendo,
Quem conhece PombaGira sabe o que eu estou dizendo.
Mas o que ela disse?
Dessa cena a única que saiu muito contrariada,
Foi Maria Mulambo que queria era ver porrada,
Mas no fim das contas a maledicência da maluca o que fazer,
Foi que dois espíritos irmãos pudessem se rever.
E saravá Rosa Vermelha cheia de mistério,
E saravá Rosa Negra lá no cemitério,
E a queles que não conhecem esses dois botões em flor,
Saiba que as duas têm a mesma raiz e nasceram do amor.
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Conto versado para as Rosas, Arte e texto por Felipe Caprini
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Espero que tenham gostado!
Não copie o texto ou reposte a arte sem dar os créditos! Seja Honesto!
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