Ipete de Oxum
E chegou o dia da festa
E é a melhor maneira de findar o ano,
Todos ali se esforçaram
Cada um em sua função
Uns desfiando mariwo
Outros pendurando as bandeirinhas
Enquanto alguns estao dedicados a faxina,
Mas as filhas de Oxum todas na cozinha
Com as mãos puidas de tanto se esforçar,
Elas fizeram muita comida pra comemorar
Os panelões estão até a boca
Mas uma comida em especial
Foi feita por todas juntas,
Elas fizeram o Ipeté da mãe.
O Ipeté é prato sagrado
Foi Ogun que ensinou
E Oxum adorou
E tem ele como sua oferenda preciosa.
A noite chega, as portas são abertas
E o povo vem para a celebração,
Vem gente chique de turbante alto
Mas também vem a dona maria costureira,
A dona Antônia da quitanda que
Trouxe seu netinho adoentado
Esperando ali achar a salvação,
Vem também Seu Antero pedreiro
Que está até com a roupa
Suja pois acabou de chegar do serviço
Mas sabe que a dona da festa
Não fará distinção,
Vieram as travestis que trabalham na noite
E os rapazes que amam rapazes
Pois sabem que ali a dona da festa
Não faz diferença entre ninguém.
A festa segue, o xire prossegue
Mas quando as agdavis são recolhidas
E o batuque é feito na mão
A moça de pele escura tonteia
E quase cai no som do ijexa,
É amparada por suas irmãzinhas
que a ajudam a ficar em pé
E os ombros da moça tremem e sacodem
Os olhos fecham e ela se curva para frente
Em saudação ao povo no barracão,
O povo explode em aplausos e gritos de "Yeye o"
Um dos filhos corre la fora e solta
Um punhado de fogos de artifício para avisar
Que Dona Oxum chegou!
As filhas carregam a mãe para longe
Para dentro do quarto
E lá vestem ela com a roupa bonita
Dourada de laço e fita
E Dona Oxum sai para ver sua gente
Vestida como rainha
E ali no meio do povo vai abraçando um e outro
Mas quando chega Diante da cadeira branca
Onde a velha mãezinha está sentada
Dona Oxum se atira no chão em saudação
E a mãezinha se emociona e mesmo sendo já muito idosa
Também vai ao chão para saudar Oxum.
Oxum vem dançando
A saia balançando feito um sino
Quando ela remexe os quadris animada
E o povo aplaude e canta
Mesmo cantando as vezes errado
Dona Oxum se sente prestigiada ao maximo
Com aquela gente que veio só por ela.
Dona Oxum sabe de tudo que aconteceu
Ela sabe do tempo do chicote e dos grilhões
Sabe do sofrimento e das dificuldades deles
Mas isso a faz ainda mais feliz
Pois com tudo isso
O povo não a esqueceu
O povo mesmo após quatrocentos anos
E vivendo em outra terra
Muito longe da mãe África
Não a esqueceram
E ela se sente a mais amada.
Quase no fim levam dona Oxum para a cozinha
E lá ela mesma pega a panela de barro
Onde está seu Ipeté.
O Ipeté foi feito para ela
Mas ela decidiu que esta comida sagrada
Ela vai dividir com todos
E sai da cozinha levando a penela e a colher de pau
Enquanto um de suas filhas distribuí folhas
Para as pessoas em volta
Que vão estendendo as mãos para Oxum
E a Deusa vai dando um bocado para cada um.
A festa não pode durar para sempre
Então acaba quando as cantigas para o branco são entoadas
Mas antes de partir
Dona Oxum da para seus queridos
Abraços cheios de carinho
E então se vai na promessa
De no ano seguinte voltar.
A moça que serviu de cavalo
Agora está terrivelmente cansada
Mas muito feliz por ter sido a escolhida
Para ser elo entre Oxum os seus
E Oxum lá do alto do Orun
Está radiante em orgulho e alegria
Por ter seu povo sob sua guia.
Ore Yeye Oxum
Doce como o mel
Espero que tenham gostado
Quem quiser encomendar desenhos ou telas
Pode me chamar no whatsapp 11944833724
Obrigado
E é a melhor maneira de findar o ano,
Todos ali se esforçaram
Cada um em sua função
Uns desfiando mariwo
Outros pendurando as bandeirinhas
Enquanto alguns estao dedicados a faxina,
Mas as filhas de Oxum todas na cozinha
Com as mãos puidas de tanto se esforçar,
Elas fizeram muita comida pra comemorar
Os panelões estão até a boca
Mas uma comida em especial
Foi feita por todas juntas,
Elas fizeram o Ipeté da mãe.
O Ipeté é prato sagrado
Foi Ogun que ensinou
E Oxum adorou
E tem ele como sua oferenda preciosa.
A noite chega, as portas são abertas
E o povo vem para a celebração,
Vem gente chique de turbante alto
Mas também vem a dona maria costureira,
A dona Antônia da quitanda que
Trouxe seu netinho adoentado
Esperando ali achar a salvação,
Vem também Seu Antero pedreiro
Que está até com a roupa
Suja pois acabou de chegar do serviço
Mas sabe que a dona da festa
Não fará distinção,
Vieram as travestis que trabalham na noite
E os rapazes que amam rapazes
Pois sabem que ali a dona da festa
Não faz diferença entre ninguém.
A festa segue, o xire prossegue
Mas quando as agdavis são recolhidas
E o batuque é feito na mão
A moça de pele escura tonteia
E quase cai no som do ijexa,
É amparada por suas irmãzinhas
que a ajudam a ficar em pé
E os ombros da moça tremem e sacodem
Os olhos fecham e ela se curva para frente
Em saudação ao povo no barracão,
O povo explode em aplausos e gritos de "Yeye o"
Um dos filhos corre la fora e solta
Um punhado de fogos de artifício para avisar
Que Dona Oxum chegou!
As filhas carregam a mãe para longe
Para dentro do quarto
E lá vestem ela com a roupa bonita
Dourada de laço e fita
E Dona Oxum sai para ver sua gente
Vestida como rainha
E ali no meio do povo vai abraçando um e outro
Mas quando chega Diante da cadeira branca
Onde a velha mãezinha está sentada
Dona Oxum se atira no chão em saudação
E a mãezinha se emociona e mesmo sendo já muito idosa
Também vai ao chão para saudar Oxum.
Oxum vem dançando
A saia balançando feito um sino
Quando ela remexe os quadris animada
E o povo aplaude e canta
Mesmo cantando as vezes errado
Dona Oxum se sente prestigiada ao maximo
Com aquela gente que veio só por ela.
Dona Oxum sabe de tudo que aconteceu
Ela sabe do tempo do chicote e dos grilhões
Sabe do sofrimento e das dificuldades deles
Mas isso a faz ainda mais feliz
Pois com tudo isso
O povo não a esqueceu
O povo mesmo após quatrocentos anos
E vivendo em outra terra
Muito longe da mãe África
Não a esqueceram
E ela se sente a mais amada.
Quase no fim levam dona Oxum para a cozinha
E lá ela mesma pega a panela de barro
Onde está seu Ipeté.
O Ipeté foi feito para ela
Mas ela decidiu que esta comida sagrada
Ela vai dividir com todos
E sai da cozinha levando a penela e a colher de pau
Enquanto um de suas filhas distribuí folhas
Para as pessoas em volta
Que vão estendendo as mãos para Oxum
E a Deusa vai dando um bocado para cada um.
A festa não pode durar para sempre
Então acaba quando as cantigas para o branco são entoadas
Mas antes de partir
Dona Oxum da para seus queridos
Abraços cheios de carinho
E então se vai na promessa
De no ano seguinte voltar.
A moça que serviu de cavalo
Agora está terrivelmente cansada
Mas muito feliz por ter sido a escolhida
Para ser elo entre Oxum os seus
E Oxum lá do alto do Orun
Está radiante em orgulho e alegria
Por ter seu povo sob sua guia.
Ore Yeye Oxum
Doce como o mel
Espero que tenham gostado
Quem quiser encomendar desenhos ou telas
Pode me chamar no whatsapp 11944833724
Obrigado
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