Cabocla Jurema
Eu sou a Cabocla Jurema
E hei contar a minha história.
Muito tempo atrás
Nessa terra só tinha nós
Os que hoje são chamados índios.
Dentre as muitas tribos
Havia uma especial
Uma que era a mais velha
E liderada por um cacique
De nome Tupinambá.
Tupinambá é um nome importante
Pois na velha língua do meu povo
Ele significa "filho dos primeiros"
Indicando que quem leva este nome
Herdou a sabedoria dos antigos.
Tupinambá andava na Mata
Com o arco e flecha já pronto
Para abater a caça
Mas sua jornada foi interrompida
Por um barulho incomum
Um choramingo de criança.
Tupinambá desconfiado
Seguiu o som do choro
Até que achou aos pés de uma árvore
Uma bebe, uma menina,
Tupinambá achou... Eu.
Ele me pegou no colo
E ficou muito confuso
Pois nosso povo não é abandonar filho
Nem deixar criança largada,
Então ele olhou para a grande árvore
A qual junto eu estava
E entendeu quem eu era,
Ninguém tinha me abandonado
Eu havia nascido ali mesmo
Pois havia nascido da terra.
Por essa grande questão
Tupinambá me deu o nome
Da árvore que me protegia
A árvore Jurema
Então Jurema tambem fui eu.
Tupinambá me criou na aldeia
Como sendo sua filha
Sua herdeira
E assim eu fui
E muito feliz vivi
Encontrei o amor
E muita coisa bonita aprendi.
Mas um dia estava eu na pedra alta
De onde tudo podia ser visto
E lá nas águas no oceano eu vi
Os barcos vindo com grandes velas.
Na praia eles chegaram
Homens de pele Branca
E de olhos claros
Que para nós traziam presentes
E meu povo muito ingênuo
Achou que ali era boa gente,
Ora... Que grande engano...
Eles eram demônios
Muito malvados
Sem limites, sem clemencia.
Caçaram minha gente feito bicho
Violando as moças
Escravizados os homens
E como coisas muito sujas
Eles trouxeram doenças
Que essa terra não conhecia.
Então eu e muitos outros fugimos
E dentro da mata encontramos refúgio.
Mas nem a Mata foi poupada,
O homem branco nao matou só a gente,
Ele tinha uma coisa amaldiçoada
De nome Machado
E batia nas árvores até cair
E todos os pés de Ibirapita, o pau vermelho
Ele fez ruir.
Encheu os navios com nossa madeira
E embora levou,
Mas quando achamos que ia ter paz
O navio voltou
Cheio de gente de pele preta
Gente essa que eu nem sabia que existia
Mas que sem conhecer aquela gente
Eu reconheci a injustiça
Malditos brancos sem alma
Pois pior do que eles faziam com meu povo
Com os pretos eles faziam.
Pouco a pouco eu fui perdendo tudo
Perdi meus irmãos, minha aldeia toda assassinada
Perdi meu pai passado na faca
Em uma emboscada
Perdi minha terra
A aldeia foi tomada.
Fiquei sozinha sem ninguém
Dia e noite ouvindo
O choro do meu povo de pele vermelha
O choro do povo de pele preta
E a gargalhada do povo de pele branca.
Eu não mais suportei
E tomei a decisão,
Nesse mundo eu não queria viver mais não
E marchei até a minha mãe,
Minha mãe que era a árvore
E quando eu a encontrei
Dei nela um grande abraço
E de onde um dia eu saí
Novamente eu entrei.
Fui para dentro da terra
Até hoje eu estou nela.
A árvore Jurema eu me tornei.
Muito tempo se passou
Mas eu não fui esquecida
Meu corpo ja não existe
Mas meu espírito aqui ainda habita,
Agora muita gente me conhece
E entre eles sou querida
Me chamam de Cabocla
E me prestam reverência
Então eu sinto que agora
Volta a existir esperança.
Eu respeito todo mundo
Mas vocês tem que se lembrar,
Os Orixás são muito bons
Mas eles vieram de longe,
E está terra já tinha seus próprios Deuses
Antes de eles chegar.
Eu sou a Cabocla Jurema
Eu sou filha da terra
E hei de sempre existir
Chamem pelo meu nome
E eu hei de surgir.
O povo vermelho é muito antigo
E isso todos tem de admitir.
Saravá a Cabocla Jurema!
Espero que tenham gostado
Quem quiser encomendar desenhos
Pode me chamar no whasapp
11944833724
Obrigado
E hei contar a minha história.
Muito tempo atrás
Nessa terra só tinha nós
Os que hoje são chamados índios.
Dentre as muitas tribos
Havia uma especial
Uma que era a mais velha
E liderada por um cacique
De nome Tupinambá.
Tupinambá é um nome importante
Pois na velha língua do meu povo
Ele significa "filho dos primeiros"
Indicando que quem leva este nome
Herdou a sabedoria dos antigos.
Tupinambá andava na Mata
Com o arco e flecha já pronto
Para abater a caça
Mas sua jornada foi interrompida
Por um barulho incomum
Um choramingo de criança.
Tupinambá desconfiado
Seguiu o som do choro
Até que achou aos pés de uma árvore
Uma bebe, uma menina,
Tupinambá achou... Eu.
Ele me pegou no colo
E ficou muito confuso
Pois nosso povo não é abandonar filho
Nem deixar criança largada,
Então ele olhou para a grande árvore
A qual junto eu estava
E entendeu quem eu era,
Ninguém tinha me abandonado
Eu havia nascido ali mesmo
Pois havia nascido da terra.
Por essa grande questão
Tupinambá me deu o nome
Da árvore que me protegia
A árvore Jurema
Então Jurema tambem fui eu.
Tupinambá me criou na aldeia
Como sendo sua filha
Sua herdeira
E assim eu fui
E muito feliz vivi
Encontrei o amor
E muita coisa bonita aprendi.
Mas um dia estava eu na pedra alta
De onde tudo podia ser visto
E lá nas águas no oceano eu vi
Os barcos vindo com grandes velas.
Na praia eles chegaram
Homens de pele Branca
E de olhos claros
Que para nós traziam presentes
E meu povo muito ingênuo
Achou que ali era boa gente,
Ora... Que grande engano...
Eles eram demônios
Muito malvados
Sem limites, sem clemencia.
Caçaram minha gente feito bicho
Violando as moças
Escravizados os homens
E como coisas muito sujas
Eles trouxeram doenças
Que essa terra não conhecia.
Então eu e muitos outros fugimos
E dentro da mata encontramos refúgio.
Mas nem a Mata foi poupada,
O homem branco nao matou só a gente,
Ele tinha uma coisa amaldiçoada
De nome Machado
E batia nas árvores até cair
E todos os pés de Ibirapita, o pau vermelho
Ele fez ruir.
Encheu os navios com nossa madeira
E embora levou,
Mas quando achamos que ia ter paz
O navio voltou
Cheio de gente de pele preta
Gente essa que eu nem sabia que existia
Mas que sem conhecer aquela gente
Eu reconheci a injustiça
Malditos brancos sem alma
Pois pior do que eles faziam com meu povo
Com os pretos eles faziam.
Pouco a pouco eu fui perdendo tudo
Perdi meus irmãos, minha aldeia toda assassinada
Perdi meu pai passado na faca
Em uma emboscada
Perdi minha terra
A aldeia foi tomada.
Fiquei sozinha sem ninguém
Dia e noite ouvindo
O choro do meu povo de pele vermelha
O choro do povo de pele preta
E a gargalhada do povo de pele branca.
Eu não mais suportei
E tomei a decisão,
Nesse mundo eu não queria viver mais não
E marchei até a minha mãe,
Minha mãe que era a árvore
E quando eu a encontrei
Dei nela um grande abraço
E de onde um dia eu saí
Novamente eu entrei.
Fui para dentro da terra
Até hoje eu estou nela.
A árvore Jurema eu me tornei.
Muito tempo se passou
Mas eu não fui esquecida
Meu corpo ja não existe
Mas meu espírito aqui ainda habita,
Agora muita gente me conhece
E entre eles sou querida
Me chamam de Cabocla
E me prestam reverência
Então eu sinto que agora
Volta a existir esperança.
Eu respeito todo mundo
Mas vocês tem que se lembrar,
Os Orixás são muito bons
Mas eles vieram de longe,
E está terra já tinha seus próprios Deuses
Antes de eles chegar.
Eu sou a Cabocla Jurema
Eu sou filha da terra
E hei de sempre existir
Chamem pelo meu nome
E eu hei de surgir.
O povo vermelho é muito antigo
E isso todos tem de admitir.
Saravá a Cabocla Jurema!
Espero que tenham gostado
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11944833724
Obrigado
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