ARTE: OTIN
Olá pessoas místicas da Internet
Hoje trouxe OTIN para vocês:
Pra quem não sabe ela é um Orixá, é um tanto rara mas é muito bela.
Observações:
Existe uma tradição onde Otin é deformada, possui tres ou quatro seios e a história dela ai é diferente, mas tem o final deprimente do mesmo jeito.
No Brasil Otin é cultuada em duas religiões, no Candomble (dentro da nação Efon) e no Batuque do Rio Grande do Sul, mas no Batuque nem todos a creditam que ela seja realmente uma divindade própria e sim apenas uma que complementa o culto de Odé, mas isso é uma visão exclusiva do Batuque e não se reflete a outras culturas e religiões.
Otin na Santeria (culto de Orisa na america central) é praticamente Desconhecida mas os poucos que a conhecem dizem que ela é um aspecto de Yemoja, e isso que os santeiros fazem de por ela como qualidade de Yemoja não é tão surpreendente pois aqui no Brasil algumas casas de Candomble que não são Efon colocaram Otin como aspecto de Osun.
Algumas casas de candomble inclusive dizem que Otin é um homem.
Ou seja, se sairem por ai perguntado vocês irão ouvir mil e uma histórias diferentes, e tudo bem.
Espero que tenham gostado
Quem quiser encomendar desenhos
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Obrigado!
Hoje trouxe OTIN para vocês:
Pra quem não sabe ela é um Orixá, é um tanto rara mas é muito bela.
Yeye Otin
Filha de um homem rico de Otan
Ela nasceu para ser como uma princesa
Para viver no luxo
Mas escolheu ser guerreira.
Aprendeu a usar a espada e a Lança
E se preparou tal qual os homens faziam.
Mas guerreiras tem estar na guerra
E a guerra chegou para ela.
A cidade de Kookin era rica e prospera
Mas era terrível desguarnecida.
Ijeshá era um reino poderoso
E viu em Kookin uma chance de enriquecer.
Ijeshá declarou guerra
E reduziu Kookin a pó
E então os sobreviventes fugiram
E fundaram Okuku, a nova cidade.
Mas Okuku não estava segura
Muitos reinos vizinhos crendo
Que a riqueza de Kookin havia
Sido levada para lá
Queriam por Okuku abaixo
Para tudo roubar.
Foi então que dois homens valentes
Se ergueram para defender o povo,
Eram eles Oluku e Oke-Agbona.
Mas mesmo que a dupla fosse valente
A força deles não era suficiente.
Em Otan Otin ouviu falar
Que a nova cidade chamada Okuku
Estava em guerra
E Otin viu como grande injustiça
Pois Okuku era um local de refugiados
Que já tinham sofrido demais.
Ela decidiu se juntar a Oluku e Oke-Agbona
Para defender a cidade.
A princípio os dois não deram a ela
Muito confiança
Mas logo ela provou que era
Melhor guerreira que os dois juntos.
Foram muitas batalhas
Mas o trio conseguiu afastar os inimigos
E fazer da cidade um lugar de paz.
Otin percebendo que sua espada
Já não era necessária
Voltou para Otan
Para o seio de sua família.
Porém dos três guerreiros
A mais temida era ela
E assim que os inimigos souberam
Que Otin havia partido
Voltaram a atacar a cidade.
Oke-Agbona e Oluku ficaram sozinhos
Em um dos ataques Oke-Agbona pereceu.
Oluku não conseguiria defender Oluku
Sem a ajuda de ninguém
E talvez por crer que Otin já tivesse
Feito demais por eles
Ele não a chamou,
Preferiu pedir ajuda ao valente
Caçador de Ilobu, o famoso Erinlé.
Otin quando soube se sentiu ofendida
Pois acreditava que ela seria a primeira
A ser contatada caso algo acontecesse,
Então marchou para Okuku
Afim de Saber quem era esse tal de
Erinlé que havia tomado o posto dela.
E foi ai que a vida de Otin mudou.
Quanto Otin pôs os olhos em Erinlé
Ela se apaixonou de imediato
Nunca havia visto homem tão belo
E tão gentil.
Não muito tempo depois eles se casaram
E decidiram morar em Okuku.
A princípio o casamento era um conto de fadas
Em Okuku Erinlé servia como guerreiro
Mas seu ofício original era o de caçador
Então ela o seguiu para este ramo
E aprendeu com ele sobre caça
O auxiliando como podia.
Por ser uma mulher muito rica
Ela ajudou Erinlé como pode.
Mas
Era vida real
E a vida real não é doce.
Logo as brigas começaram
Logo a felicidade murchou.
Otin amava muito Erinlé
Amava ele mais do que a si mesma
E então tinha um ciúme incontrolável.
Mas Erinlé era um caçador, um Odé
E Odé é um tipo de gente muito parecido
Com os bichos da floresta.
Odé nasceu para a liberdade.
Não põe coleira em Odé.
Fora o sentido de liberdade,
Erinlé era também muito mulherengo
Fazendo com que grande parte do ciúme
De Otin fosse justificado,
Ela não era louca,
Ela sabia exatamente o que acontecia
E queria que tudo fosse diferente.
Mas tola é a mulher que pensa
Que pode mudar um homem
Nisso o sonho de Otin ter um casamento
Pleno e feliz
Não passou de sonho mesmo.
Um dia após mais uma crise de ciúmes
Erinlé disse a ela que já estava
Farto e que queria se separar
Iria voltar a Ilobu e nunca mais
Iria por os olhos nela.
Otin ouvindo aquilo acreditou
E correu para o meio da cidade
Estava tão infeliz que não suportava.
Lá ela desistiu de sua própria vida
E clamando aos céus pelo fim de tudo
Ela se explodiu, de seu corpo surgiu
Água e mais água
E um turbilhão que formou uma
Corrente e cavou a terra
Fazendo surgir o Rio Otin.
Quando Erinlé soube do ocorrido
Correu até lá
Mas ja era tarde demais
Para dizer a ela que as palavras duras
Foram ditas na hora da raiva
Pois ele a amava
E nunca quis que ela acabasse assim.
Otin virou um Orisa.
mais Tarde quanto ja estavam velho
Erinlé teve o mesmo destino
E se tornou um rio.
O rio Otin desagua no rio Erinlé
E o rio Erinlé por sua vez
Desagua no rio Osun.
Os descendentes de Otin até os dias
De hoje a cultuam como divindade
E gritam a ela "Otinla!"
Que significa "Otin é grande".
Esta é a história de Otin.
Existe uma tradição onde Otin é deformada, possui tres ou quatro seios e a história dela ai é diferente, mas tem o final deprimente do mesmo jeito.
No Brasil Otin é cultuada em duas religiões, no Candomble (dentro da nação Efon) e no Batuque do Rio Grande do Sul, mas no Batuque nem todos a creditam que ela seja realmente uma divindade própria e sim apenas uma que complementa o culto de Odé, mas isso é uma visão exclusiva do Batuque e não se reflete a outras culturas e religiões.
Otin na Santeria (culto de Orisa na america central) é praticamente Desconhecida mas os poucos que a conhecem dizem que ela é um aspecto de Yemoja, e isso que os santeiros fazem de por ela como qualidade de Yemoja não é tão surpreendente pois aqui no Brasil algumas casas de Candomble que não são Efon colocaram Otin como aspecto de Osun.
Algumas casas de candomble inclusive dizem que Otin é um homem.
Ou seja, se sairem por ai perguntado vocês irão ouvir mil e uma histórias diferentes, e tudo bem.
Espero que tenham gostado
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Obrigado!
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